O presidente do Diretório do PCdoB no Piauí, José Carvalho, não está contente com as investidas de outras agremiações sobre as lideranças de seu partido, a exemplo do que tem ocorrido com a deputada estadual Elisângela Moura, apontada como um dos nomes que poderão compor outras legendas como MDB e PT, caso a sigla comunista não consiga montar chapa proporcional.
Carvalho conversou com o GP1 neste domingo (14) e não escondeu o desapontamento com a situação. Para ele, as ofensivas sobre lideranças de outras siglas, tem sido um desserviço à aliança que vem sendo construída pelo governador Wellington Dias (PT-PI).
“Promover esse processo que assistimos de ofensiva de um partido sobre lideranças de outras siglas, não contribui para fortalecimento dos partidos, nem da democracia e ainda presta um desserviço à construção de uma consistente aliança política que permita vitória do campo político conduzido hoje pelo governador Wellington Dias”, desabafou o presidente do PCdoB.
O GP1 revelou recentemente que o Partido dos Trabalhadores só abriria as portas para filiação de apenas três deputados estaduais: Oliveira Neto (Cidadania), Firmino Paulo (Progressistas) e Elisângela Moura (PCdoB).
Carvalho negou a saída da parlamentar dos quadros comunistas e afirmou que tem dialogado com as forças do campo democrático que integram a base de Wellington. O presidente do PCdoB ainda criticou a antecipação das tratativas sobre formação de chapa é precipitado.
“No Piauí o PCdoB tem dialogado com partidos do campo democrático e que dão sustentação ao governador Wellington Dias, com vistas às eleições do próximo ano, tanto a nível majoritário quanto para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Tratar da montagem de chapas agora, sem considerar as possíveis alterações na legislação eleitoral é precipitado”, criticou Carvalho.
Entrevista concedida ao GP1 Piauí, em 14 de junho de 2021.