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Os delegados reunidos na 22ª Conferência estadual do Partido Comunista do Brasil no Piauí condenam o massacre diário contra a população da Faixa de Gaza, privada de elementos mínimos para a sobrevivência e submetida a bombardeios diários;

Aludem que é inadmissível e injustificável o assassinato de civis, incluindo milhares de crianças, que só desejavam viver em paz nas terras de seus ancestrais;

Reforçam o apelo da ONU e da quase totalidade dos países que exigem um cessar-fogo imediato, enquanto negociações de paz consequentes sejam iniciadas;

Salientam também o nosso mais profundo pesar pelas vítimas do conflito, sejam israelenses ou palestinas, ao tempo em que repudiam a tentativa de justificar a causa principal de toda tragédia e violência: a opressão colonial que impede a existência do Estado Palestino, existência reconhecida pelo direito internacional e reiteradamente exigida por inúmeras resoluções da ONU;

Destacam também que, durante a vigência do Império Otomano (1453-1923), após o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando a região foi dominada, primeiro pelo neocolonialismo inglês, palestinos, árabes, judeus, cristãos e mulçumanos viviam relativamente em paz até a intromissão indevida do chamado “ocidente civilizado” que os dividiu e rivalizou;

Apontam que o problema se agravou com a criação do Estado de Israel, em 1948, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), por exigência do imperialismo norte-americano, para evitar o avanço do socialismo na região, o que elevou as tensões até chegar na situação atual;

Apoiam, por essa razão, a fala do secretário geral da ONU, António Guterres, na reunião do Conselho de Segurança: “É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas
terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas”;

Consideram absolutamente correta a manifestação do governo brasileiro, verbalizada pela advertência do ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Mauro Vieira, também no Conselho de Segurança da ONU: “Israel deve parar todas as atividades de colonização nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental […]. A expansão atual elimina a viabilidade de um futuro Estado palestino, gerando violência e ódio”.

Reiteram, assim, a defesa de uma resolução política do conflito que marque definitivamente o fim das mortes e do sofrimento, o que só será possível com a criação e convivência pacífica dos dois Estados, Israel e Palestina, lado a lado. A constituição do Estado Palestino, soberano e independente, será determinante para a paz em toda a região do Oriente Médio.